Revista Narratio
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<p><strong>Narratio – Estudos de Comunicação, Linguagens e Mídias</strong> (ISSN 2676-0274) é um periódico eletrônico semestral de caráter científico vinculado à área de Comunicação e Artes da Universidade São Judas Tadeu. Tem como objetivo promover a difusão de conhecimento e de pesquisas que coloquem em diálogo a análise de processos e produtos midiáticos e aportes teórico-metodológicos das ciências da comunicação e dos estudos da narrativa, da linguagem e da cultura.</p>pt-BRRevista Narratio2676-0274Potencialidades do conceito de escrevivência para a análise de narrativas sobre a trajetória de mulheres migrantes com deficiência
https://revistanarratio.emnuvens.com.br/narratio/article/view/42
<p>A partir de três relatórios produzidos pela ACNUR acerca do projeto “Empoderando Refugiadas”, selecionamos relatos de mulheres migrantes com deficiência que realizaram oficinas em Roraima, entre 2020 e 2022. Os relatórios foram analisados qualitativamente, em busca de narrativas que expressassem a dignidade de experiências de mulheres migrantes com deficiência, tornando-as legíveis e audíveis a partir da prática relacional do cuidado. Mostramos como relatos elaborados a partir das oficinas do projeto podem ajudar a compor escrevivências, tecidas em uma escuta atenta, na qual o acolhimento considera a interseção entre gênero, migração e deficiência em sua face institucional e emancipatória.</p>Gabriela Francine CamargoLaura Adler Lara de OliveiraÂngela Cristina Salgueiro Marques
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2025-06-172025-06-1751A Canção Urbana no Tempo da Internet
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<p>Este artigo investiga o impacto das novas ferramentas digitais na produção musical, especialmente no contexto da canção urbana durante a era da internet. O texto explora as inovações tecnológicas como uma resposta às necessidades de artistas marginalizados pelas empresas tradicionais do setor, analisando como o universo digital permitiu o resgate do protagonismo da criação artística oferecendo a esses músicos uma plataforma para expressar sua criatividade de maneira independente, mas não criou um espaço livre de contradições. A sequência do texto discute como as novas ferramentas digitais proporcionam condições que, anteriormente, eram acessíveis apenas através da mediação de grandes investimentos. O artigo explora o uso da internet e das tecnologias na produção artística independente sobre todas as etapas de seu trabalho, desde a criação até a distribuição e como esse contexto fortalece os discursos sobre autonomia e independência artística proporcionam liberdade para os músicos no desenvolvimento de suas carreiras. O artigo examina a ressignificação das relações com o público e o mercado musical sob o ponto de vista da relação entre a independência tecnológica e a precarização das relações de trabalho, mostrando a dualidade entre a liberdade criativa e a instabilidade profissional. Por fim, será discutido como as novas ferramentas digitais ofereçam uma plataforma para a expressão artística independente ao mesmo tempo que impõem desafios no âmbito estético, histórico, tecnológico e econômico.</p>Felipe FaracoSandro Pavão
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2025-06-172025-06-1751Do estereoscópio à realidade virtual
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<p>Este artigo investiga a convergência entre cinema e realidade virtual, analisando a evolução das estratégias imersivas desde o cinema estereoscópico até as produções filmadas em 360° a partir de 2015. Partindo da pesquisa de Zone sobre o desenvolvimento do cinema 3D e estereoscópico, propomos que a realidade virtual cinematográfica representa uma continuidade desse percurso, ampliando as possibilidades de imersão e reconfigurando a gramática audiovisual. O corpus inclui obras como <em>Avatar</em> (2009) e <em>Carne y Arena</em> (2017), questionando se a RV constitui uma transformação estrutural na linguagem cinematográfica ou um desdobramento da tradição imersiva. Fundamentado em autores como McLuhan, Lévy, Steuer e Elsaesser, o estudo discute mediação, virtualização e telepresença. Os resultados indicam que, embora a realidade virtual amplie a experiência sensorial do espectador e rompa com a hegemonia do 2D na indústria audiovisual, ela também ressignifica as convenções narrativas do cinema, operando como uma evolução das estratégias perceptivas e interativas já exploradas pelo cinema expandido.</p>Marcella Ferrari Boscolo
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2025-06-172025-06-1751Explorando a Semiosfera
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<p>Este estudo compara o cinema de Kiarostami e o mangá de Taniguchi, analisando como ambos exploram o cotidiano e a linguagem a partir da perspectiva da Semiótica da Cultura, com base no conceito de semiosfera (Lotman, 1999). A pesquisa foca no filme <em>Onde fica a casa do meu amigo?</em> (1987) e no mangá <em>O homem que passeia</em> (2017), abordando como essas obras rompem com o industrial e oferecem novos olhares narrativos. Utilizando os conceitos de semiosfera e fronteira (Lotman, 1999; Trías, citado por Perez, 2008/2009) e as teorias de Eisenstein (2002) e Cirne (1975) sobre a linguagem do cinema e dos quadrinhos, a análise aplica a ideia de fronteira entre as duas formas de arte, ilustrada por fotogramas e uma página do mangá. O estudo conclui que essas linguagens dialogam de maneira significativa, especialmente nesse espaço liminar.</p>Thiago Henrique Gonçalves Alves
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2025-06-172025-06-1751Remediações Digitais e Relações Virtuais
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<p>Temos como objetivo analisar dois filmes cujas histórias são contadas integralmente por meio de desktops: o curta-metragem <em>The Sick Thing That Happened to Emily When She Was Younger</em>, dirigido por Joe Swanberg e presente no filme antológico <em>V/H/S</em>, lançado em 2012; e o filme <em>Face 2 Face</em>, dirigido por Matt Toronto e lançado em 2016. Por meio dessa análise, buscamos compreender quais são as remediações que aparecem em cada obra e de que forma o mundo digital e os relacionamentos virtuais são retratados. A metodologia de análise está ancorada na <em>poética do cinema</em> de David Bordwell (2007).</p>Murilo Bronzeri
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2025-06-172025-06-1751Poder e liberdade de imprensa
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<p>Este artigo faz reflexões analíticas sobre a liberdade de imprensa a partir do caso do jornalista Rubens Valente. Condenado a pagar uma multa de R$ 310 mil ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Valente publicou em 2014, o livro Operação Banqueiro, Geração Editorial, objeto de sua condenação. O embasamento teórico foi dado por autores como Daniel Cornu, Alysson Mascaro e Ciro Marcondes Filho.</p>Ana Elizabeth Lima VasconcelosRosinei Aparecida NavesFrancisco Moacir Assunção Filho
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2025-06-172025-06-1751Editorial
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<p>Constituída na convergência das discussões sobre narrativas, linguagem, cultura, estética e mídia, <strong>Narratio</strong> divulga, nesta nova edição, trabalhos que exploram limites, confluências e discussões internas e ao redor de objetos midiáticos que ressaltam os vínculos entre construções narrativo-discursivas e a conformação do campo social, com tudo o que há aí de político em sentido amplo.</p>José Augusto Mendes LobatoMarcelo Monteiro Gabbay
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2025-06-172025-06-1751Vogler e K-pop
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<p>As narrativas estão presentes de diversas formas no cotidiano dos sujeitos. A sua construção e estrutura é fundamental para entender como produtos midiáticos ganham a atenção e envolvem o público. Partindo da perspectiva da estrutura narrativa, utiliza-se a jornada do herói, na leitura de Christopher Vogler (2006), para observar como a estrutura é aplicada ao trailer do álbum NOEASY do grupo de K-pop Stray Kids. Através da observação, é possível evidenciar como empresas, como a indústria fonográfica, utilizam das narrativas como estratégia para envolver o público e criar universos únicos para cada lançamento. Mas, mais particularmente, apontamos o uso estratégico que o grupo Stray Kids faz dos elementos narrativos ao apropriar-se da expressão <em>noise music</em> usualmente atribuída pejorativamente às músicas do grupo, que agora emerge como elixir no trailer em estudo, ressignificando-a.</p>Gabriela Glória de OliveiraFernanda Elouise Budag
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2025-06-172025-06-1751