Do estereoscópio à realidade virtual

um século de ruptura da tradição bidimensional no cinema

Autores

  • Marcella Ferrari Boscolo Universidade Anhembi Morumbi

Palavras-chave:

Cinema 3D, Realidade Virtual Cinemática, Realidade Virtual, Cinema Expandido, Cinema Estereoscópico

Resumo

Este artigo investiga a convergência entre cinema e realidade virtual, analisando a evolução das estratégias imersivas desde o cinema estereoscópico até as produções filmadas em 360° a partir de 2015. Partindo da pesquisa de Zone sobre o desenvolvimento do cinema 3D e estereoscópico, propomos que a realidade virtual cinematográfica representa uma continuidade desse percurso, ampliando as possibilidades de imersão e reconfigurando a gramática audiovisual. O corpus inclui obras como Avatar (2009) e Carne y Arena (2017), questionando se a RV constitui uma transformação estrutural na linguagem cinematográfica ou um desdobramento da tradição imersiva. Fundamentado em autores como McLuhan, Lévy, Steuer e Elsaesser, o estudo discute mediação, virtualização e telepresença. Os resultados indicam que, embora a realidade virtual amplie a experiência sensorial do espectador e rompa com a hegemonia do 2D na indústria audiovisual, ela também ressignifica as convenções narrativas do cinema, operando como uma evolução das estratégias perceptivas e interativas já exploradas pelo cinema expandido.

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Publicado

2025-06-17

Como Citar

Ferrari Boscolo, M. (2025). Do estereoscópio à realidade virtual: um século de ruptura da tradição bidimensional no cinema. Revista Narratio, 5(1). Recuperado de https://revistanarratio.emnuvens.com.br/narratio/article/view/37

Edição

Seção

Artigos